Paulo é um dos mais emblemáticos apóstolos seus escritos correspondem a uma porção incrível do novo testamento ele é conhecido como o apóstolo dos gentios. O sinal é com a configuração em "P" lembrando o movimento de missões por que Paulo é o grande missionário do novo testamento.
Saulo era judeu, nascido em Tarso, circuncidado ao oitavo dia depois de
nascido. Além do aramaico, também falava grego. Tarso era uma das maiores
cidades gregas do mundo antigo, uma cidade com um caráter asiático e qualidade
grega; recebera essa influência através dos colonos jônicos. Uma cidade livre,
debaixo do domínio romano. O elemento judaico, era à força da comunidade; um
grande centro universitário.
Na sua meninice ele aprenderia de sua mãe e do ensino da sinagoga a
história do velho testamento. Seu pai, que era um judeu rigoroso, provavelmente
um homem de uma boa posição social, enviara seu filho a Jerusalém para estudar
a respeito do mundo judaico. Conforme o costume judaico, talvez Saulo tivesse
13 anos quando chegara em Jerusalém para estudar na escola de Milel, onde seria
instruído pelo mestre Gamaliel, um profundo conhecedor da lei.
Saulo se tornou um profundo conhecedor da teologia farisaica, ele amava o
farisaísmo e o praticava com uma convicção forte de um hebreu dos hebreus; sem dúvida
era um orgulho para Gamaliel, o seu conhecimento, seu espírito de liderança que
logo alcançara. Quando partiu de Jerusalém, tinha um futuro brilhante em sua
educação rabínica. Podemos imaginar a alegria de seus pais, pois se tornara à
esperança de Gamaliel e o orgulho do seu lar.
Então, começou a persegui os seguidores de Cristo; que para ele não
passava de uma seita que deveria ser exterminada. Era, de fato, o perseguidor
mais respeitável que perseguia-os até a morte, algemando e metendo em prisões,
tanto homens como mulheres, chamando pra si esta responsabilidade. Assim
consentiu na morte de Estevão para acabar com esta heresia e salvar o
farisaísmo.
Ele era judeu, mas, provavelmente tinha mais de 30 anos. Se fora casado,
conforme o costume deles, não temos evidência do contrário. O fato dele não
está casado mais tarde, pode ser explicado na base de ele ter ficado viúvo.
Cada vez mais enfurecido, perseguia-os. Os que escaparam da morte,
tiveram que fugir da cidade. Era zeloso em sua perseguição, de tal maneira, que
perseguia-os até nas cidades estrangeiras. Ele se tornara o principal dos
caçadores de hereges de todos os tempos, foi reconhecido como líder do
farisaísmo agressivo e triunfante. Sentia-se lutando com o próprio Jesus.
A caminho de Damasco, continuava com sua perseguição; provavelmente ao
retornar finalizava com os apóstolos. No caminho, o sol do meio dia estava se
tornando cada vez mais quente. Quando chegasse, teria uma surpresa para os
hereges em Damasco e com certeza eles não esperavam.
Ninguém poderia resistir a Saulo, pois não era igual, em suas
habilidades, seus treinos e nem em suas experiências. Mas nesse mesmo caminho,
Jesus apareceu-lhe como uma luz resplandecendo em seus olhos, fazendo-o cair do
cavalo, recebendo uma cegueira. Agora Saulo estava frente a frente com o seu
pior inimigo. Começa então uma batalha com seu interior, pois não era novato no
farisaísmo. Conhecia bem a linha que dividia a teologia dos judeus e dos
discípulos de Jesus. Mas sem dúvida alguma encheu-se de reverência para
concordar com as demandas de Jesus Cristo.
Não há dúvida em sua conversão nesse diálogo com Cristo. Como se vê pela
pergunta que Saulo dirige a Jesus: “Senhor, que farei?. Neste momento, Paulo se
rende e de bom grado”. Daí em diante é escravo de Jesus.
1 UMA CRONOLOGIA DA VIDA DE PAULO
O que se conhece acerca da vida de Paulo encontra-se somente em atos e em
seus escritos antigos, conforme preservado no novo testamento. Assim, muito
pouco se conhece de Paulo antes de seu aparecimento em Atos 7.58. para se ter
informação sobre seus primeiros anos é necessário colher-se os poucos dados
disponíveis do novo testamento e interpolar-se nestes dados o que se conhece
acerca da época em que Paulo viveu. Um rapaz judeu da diáspora que recebera
treinamento rabínico em Jerusalém.
A palavra que Lucas usou para apresentar Paulo aos seus leitores foi neanias em atos 7.58 pode referir-se a
qualquer pessoa do sexo masculino de até 40 anos de idade. Isto indicaria que
Paulo nasceu próximo ao inicio da era cristã. O pai de Paulo, judeu da tribo de
Benjamin (filipenses 3.5) e fariseu (atos 23.6), era cidadão romano que vivia
num importante centro metropolitano de Tarso, na Cilicia, Ásia menor. A cidade
era um centro de educação, superado no tempo de Paulo somente por Atenas e
Alexandria. Como seu pai era cidadão romano, Paulo herdou essa cidadania.
Dentro do círculo da família, ele teria recebido suas primeiras instruções
religiosas de seus pais e um pouco mais tarde teria freqüentado a escola da
sinagoga local, como qualquer criança judia talvez ele também tenha freqüentado
uma das muitas universidades de Tarso para obter uma educação mais formal nos
princípios da retórica, lógica e filosofia. Isto contudo é somente conjectura
baseada na maneira pela qual Paulo demonstrou, em suas cartas, suas
familiaridade com a argumentação filosófica vigente. Ele tinha dois nomes
dados, um em latim paulus, que
denotaria sua cidadania legal romana e o outro em hebraico Saulo que seria usado na família e nos círculos judaicos. O nome em
grego é uma transliteração do nome latino, e não uma tradução do nome hebraico.
Dos irmãos e irmãs de Paulo sabe-se somente que ele tinha uma irmã morando em
Jerusalém na ocasião de sua prisão (atos 23.16). em certa época nos anos
iniciais de Paulo ele foi enviado a Jerusalém para estudar a lei rabínica,
sobre a orientação do bem conhecido mestre Gamaliel (atos 22.3). Parecia que
Paulo estava em Jerusalém na época do ministério ativo e ocasião da morte de
Jesus. Contudo, Paulo não dá certeza se viu Jesus nos dias em que esteve em
carne (2 Co. 5.16). houve muita discussão acerca de que Paulo foi casado alguma
vez. Pelo fato de que era necessário um rabi ser casado e era uma vergonha um
adulto não ser casado é mais provável que Paulo fora casado. Contudo, por que
não há nem uma referência em suas cartas acerca de uma esposa é lógico
pressupor-se que ela morrera antes da perseguição à igreja, conforme registrado
em atos 8. alguns interpretaram as palavras de Paulo em atos 26. 10 “...dei o
meu voto contra eles quando os matavam”, como significando que Paulo fora um
membro do sinédrio. Estas palavras dificilmente significam nada mais que Paulo
concordava com o julgamento do conselho. Um “mancebo” (atos 7.58) dificilmente
pertenceria a um conselho de anciãos sinedrion
(atos 5.21) em nenhuma parte, em suas cartas , Paulo sugere que tenha sido
membro da corte suprema judaica atos 9.1,2 e 22.5 apresentam Paulo como sendo
mais um funcionário que membro do sinédrio. Em atos, Paulo aparece pela
primeira vez na ocasião da morte de Estevão. Foi o zelo farisaico pelas
tradições dos pais que o levou a um conflito severo com os seguidores de Jesus
(Fl. 3.5-9). Ele era um dos lideres e, provavelmente o mais ardoroso na
perseguição inicial da igreja pelos lideres religiosos judaicos. Quando os
crentes fugiram de Jerusalém, Paulo pediu e recebeu permissão do sumo sacerdote
para procurar e prender os cristãos que ele esperava encontrar em Damasco (atos
9.1-2). Como fariseu leal e consciencioso, Paulo realmente pensava que estivesse
fazendo a Deus um serviço ao tentar destruir a nova seita blasfema (atos 22.3;
26.9 ver também, João 16.2 onde Jesus havia predito tal ação). A conversão de
Paulo na estrada para Damasco deve ter sido vista por Lucas como um dos mais
importantes acontecimentos do cristianismo primitivo há três narrativas deste
evento em atos: uma narrada por Lucas (Atos 9.3-19) e duas por Paulo (Atos
22.6-16 e 26.12-18). Embora haja algumas variações em cada uma das narrativas
estas podem ser explicadas pelo propósito de cada narrativa e audiência para a
qual cada uma foi pretendida. O elemento importante é que a experiência na
estrada de damasco transformou de um perseguido fanático da igreja em seu mais
ardente e capaz defensor e propagador. Em gálatas 1.17-18 podemos dizer que
Paulo passou algum tempo em Damasco foi para a Arábia e retornou para Jerusalém
depois de três anos. Ele foi recebido com suspeita pelos irmãos de Jerusalém, até
que Barnabé o aceitou e apresentou aos apóstolos (atos 9.26-27). Uma trama dos
judeus helenizantes contra a sua vida fez a igreja persuadi-lo a deixar
Jerusalém. Ele assim o fez e foi para a sua cidade, Tarso (atos 9.28-30). Dos
anos passados em Tarso, nada se sabe. Possivelmente uns dez anos foram passados
lá. Esses anos são chamados os “anos de silêncio” do ministério de Paulo. Lucas
registra que Barnabé, enviado pela igreja em Jerusalém a Antioquia da Síria,
foi a Tarso para obter a ajuda de Paulo em seu trabalho entre os gentios de
Antioquia (atos 11.25). Atos 11. 27-30 também registra uma visita na conhecida
época da fome a Jerusalém por Paulo e Barnabé que não é mencionada em mais
nenhuma outra parte do novo testamento. Os anos de fome ocorreram nos dias de
Cláudio César (41-54 d. C.) e por volta da época da morte de Herodes Agripa I (44
d. C.). há vários problemas críticos sobre a harmonização de atos 11 a 12 com
gálatas 2, mais estes serão discutidos a partir de outros pontos abordados
sobre a vida de Paulo, porem neste ponto, pressupõe-se que gálatas 2 refere-se à
viagem de Paulo a Jerusalém, conforme apresentada em atos 15. Depois de terem
retornado de Antioquia, Paulo e Barnabé forma enviados para fazerem o é
comumente chamado à primeira viagem missionária (atos 13.1-14). Esta viagem de
fundação de igrejas foi limitada à ilha de Chipre e as regiões da Ásia menor
sul-central, conhecidas como Panfília, Pisídia, Licaônia e Lícia. Isto foi
identificado por W. Ramsay, como parte da província romana da Galácia. Ao
retornarem de Antioquia, para relatar sobre seu trabalho, atos expõe o problema
que os levou a Jerusalém, conforma atos 15. este mesmo acontecimento é
apresentado em gálatas 2.1 como tendo acontecido 14 anos após a saída apressada
de Paulo daquela cidade para Tarso. Atos 15 e Gálatas tem tantos dados em comum
que pouca dúvida pode haver de as duas passagens se referirem a mesma
ocorrência. Supondo-se que as referencias de Paulo são das viagens que ele fez
a Jerusalém para consultar os apóstolos lá, na ocasião, é mais provável e a
vista de atos 11 a 12 não foi mencionado em Gálatas. Tendo obtido a aprovação
da igreja em Jerusalém sobre seu trabalho entre os gentios Paulo e Barnabé
retornaram a Antioquia e passaram mais algum tempo lá (atos 15.35). Este
escritor crê que foi durante sua estadia em Antioquia antes da segunda viagem
missionária que Paulo escreveu a epístola aos Gálatas.
Na segunda viagem missionária (atos 15.36; 18.22) Paulo e Silas,
visitaram as igrejas anteriormente estabelecidas e viajaram para Trôade
impedidos, pelo Espírito Santo, de evangelizarem mais na Ásia menor, eles
atravessaram para a Europa e fundaram as igrejas na Macedônia e em Acaia.
Quando esteve em Corinto (Acaia), Paulo entrou em contato com Priscila e
Áquila, judeus cristãos que haviam recentemente sido expulsos de Roma por
Cláudio. O édito de expulsão foi ordenado no IX ano do reinado de Cláudio,
cerca de 49 d. C.. Foi de Corinto que Paulo escreveu as duas cartas à igreja de
Tessalônica (na Macedônia). Depois de 18 meses em Corinto, Paulo foi acusado
pelos judeus descrentes perante Gálio, novo procônsul romano (51 d. C.). Paulo
foi inocentado das acusações trazidas contra ele e, após passar um pouco mais
de tempo em Corinto, viajou via Éfeso e Jerusalém. Para Antioquia da Síria,
chegando na primavera de 52 d. C.
Na narrativa da terceira viagem missionária, é transferida quase que
inteiramente para o ministério de três anos de Paulo em Éfeso (atos 19), quando
em Éfeso, Paulo escreveu pelo menos três cartas a igreja em Corinto: uma carta
perdida referida em 1 Co. 5.9. A primeira corintios canônica, é uma carta
angustiosa referida em 2 Co. 2.4 e 7.8. De 2 Co. 12.14 e 13.1, sabe-se que
Paulo fez uma rápida visita a Corinto e voltou a Éfeso. Deixando Éfeso após o
tumulto, Paulo foi para Trôade e Macedônia. Lá escreveu 2 aos corintios.
Prosseguindo para Corinto, Paulo escreveu romanos, na antecipação de visitar
Roma em seu caminho para Espanha, depois de levar uma oferta aos santos pobres
de Jerusalém (Rm. 15.22-28). Romanos teria sido escrita durante o inverso de 55
a 56 d. C.
Em Jerusalém, Paulo foi preso e a fim de salvar sua vida foi enviado ao
procurado romano em Cesaréia (atos 23. 12-35). Em Cesaréia ele foi julgado
perante Felix o procurador de cerca de 51 a 57 d. C. A datação da procuradoria
de Félix é um dos itens mais indefinidos do estudo do novo testamento. Supõe-se
neste nível que Félix foi chamado de volta por Nero em 57 d. C. E Festo tomou o
seu lugar naquele ano. Atos 24.27 afirma que Félix manteve Paulo em prisão
domiciliar por dois anos. Seguindo-se a chegada de Festo, tais eram as
circunstâncias, que Paulo alegando a prerrogativa de cidadão romano, apelou
para a corte de César no outono de 54 d. C. A perigosa viagem de inverso até
Roma se iniciou, chegando-se lá após grandes apuros na primavera de 58 d. C.
(atos 27.1-28) Lucas não relata em atos o resultado do julgamento perante Nero,
mais ele da a entender que após dois anos de confinamento, Paulo foi posto em
liberdade (atos 28.30) por volta do ano 60 d. C. Durante os dois anos em Roma,
Paulo escreveu as epístolas da prisão: Filemon, Colossenses, Elíseos e
Filipenses.
Com o encerramento de atos, qualquer história de maior atividade de Paulo
deve vir ou de seus escritos ou dos pais antigos da igreja. Clemente de Roma,
por volta de 96 d. C., escreveu que Paulo foi solto e pregou até as extremidades
do ocidente. Para um romano, isso só poderia significar Espanha, a península
ibérica. Das epístolas pastorais, sabe-se que Paulo voltou para o oriente,
passando por Creta, Éfeso, Troada e Macedônia mais não necessariamente nessa
ordem. Provavelmente da Macedônia ele escreveu 1 Timóteo. Tendo enviado Timóteo
anteriormente a Éfeso ou da Macedônia, ou de Corinto, Paulo escreveu a epístola
a Tito que ele havia deixado em Creta. Dos historiadores romanos, sabe-se que
em 19 de junho de 64 Roma foi incendiada e para transferir a suspeita de sua
pessoa, Nero pôs a culpa nos cristãos.
Por que Paulo o notável líder da igreja, havia sido julgado uma vez
perante Nero, pensa-se que Nero ordenou sua prisão e retorno a Roma, para
julgamento. Foi durante este segundo período de aprisionamento em Roma que II
Timóteo foi escrito. Uma tradição antiga afirma que Paulo foi martirizado
durante o ano do incêndio de Roma. a evidencia para esta tradição é mais forte
do que a sugestão de Paulo e Pedro, ambos, terem sido mortos no ano da morte de
Nero (68 d. C.) portanto Paulo foi decapitado pelas autoridades romanas
conforma se supõe em 29 de junho de 65.
Deve ser reconhecido que por causa de dados conflitantes entre os
historiadores antigos e o uso de pelo menos três sistemas de calendários
diferentes, a maior parte das datas é no máximo só aproximadas. As precisões
razoáveis são: a morte de Herodes Agripa I (44 d. C.), o decreto de Cláudio,
expulsando os judeus de Roma (49 d. C.) a designação de Gálio (51 d. C.), o
incêndio de Roma (64 d. C.), e a morte de Nero 9 de junho de 68. Mediante estas
datas, uma história razoavelmente precisa da vida de Paulo pode ser construída.
A. D. 1.................................................................................................... Nascimento
33-34......................................................................................................... Conversão
45.................................................................... visita
a Jerusalém pela época da fome
46-48.............................................................................. primeira
viagem missionária
49........................................ conferência
de Jerusalém (17 anos após sua conversão)
49-52............................................................................. Segunda
viagem missionária
52-56.............................................................................. Terceira
viagem missionária
56-57.................................... Prisão
em Jerusalém e dois anos da prisão em Cesaréia
57-58................................................................................................. viagem
a Roma
58-60................................................................... primeiro
aprisionamento em Roma
60-64.................................................. viagem
à Espanha, Creta, Macedônia e Acaia
64-65........................................... prisão,
segundo aprisionamento em Roma e morte
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